domingo, 8 de fevereiro de 2009

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O que fazer quando uma briga entre vizinhos deixa todo o condomínio às escuras, sem energia elétrica? É mais ou menos o que está acontecendo hoje na Europa, mas com relação ao gás. Por conta de um desentendimento comercial, a Rússia interrompeu no Ano Novo o fornecimento do produto para a vizinha Ucrânia, prejudicando o abastecimento em toda região.O problema é que a Ucrânia redistribui, por meio de seus gasodutos, 80% do gás russo vendido para Europa - sendo que um quarto de todo gás europeu provém da Rússia. Como resultado, a briga entre os dois países ganhou dimensão internacional.O impasse afeta diretamente a população, uma vez que o gás garante a calefação das casas no inverno europeu, que registra temperaturas abaixo de zero. Além disso, a falta do hidrocarboneto nas empresas pode prejudicar ainda mais as finanças, em tempos de crise econômica mundial.Pelo menos 15 países europeus já foram afetados e, em alguns casos, tiveram o abastecimento reduzido em até 90%. Entre as nações atingidas estão Hungria, Polônia, Romênia, Turquia, República Tcheca, Bulgária, Áustria, Croácia, Bósnia, Grécia e Macedônia. Países da Europa Ocidental, como Alemanha, França e Itália, também sofreram cortes no fornecimento.Na Bulgária, por exemplo, 92% do gás consumido são de origem russa. O país anunciou que as reservas se esgotam em um mês, caso o abastecimento não seja regularizado.A União Europeia, em seu papel de "síndica" do condomínio, exigiu que as empresas de gás de Ucrânia e Rússia cheguem a um entendimento, mas evitou tomar partido de um dos países. Estão previstas novas rodadas de negociações.

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