quinta-feira, 5 de novembro de 2009

MEIO AMBIENTE

Um grande passo foi dado na luta contra o aquecimento global. 12 empresas assinaram um acordo para construir, no deserto do Sahara, o maior projeto de energia renovável do mundo que custará cerca de US$555 bilhões.
Serão colocados milhares de painéis solares no norte da África, formando uma extensa faixa com o objetivo de fornecer cerca de 15% da demanda de energia da europa com energia limpa. Até agora as empresas que assinaram o acordo são: ABB, ABENGOA Solar, Cevital, DESERTEC Foundation, Deutsche Bank, E.ON, HSH Nordbank, MAN Solar Millennium, Munich Re, M+W Zander, RWE, SCHOTT Solar, and Siemens.
O projeto irá ligar várias instalações de energia solar pela costa do norte da África e transmitir grande parte da energia para a Europa. Além disso, usinas de dessalinização serão associadas as instalações solares para levar água fresca às pessoas na África.Apesar de faltarem muitos anos para completar o projeto, o acordo assinado irá unificar forças para o objetivo final.
Muito trabalho precisa ser feito, e as empresas e governos precisam trabalhar juntos para superar questões como segurança energética, equidade, justiça social, direitos sobre a água e energia solar e compensação.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

SOCIOLOGIA

O etnólogo e antropólogo estruturalista Claude Lévi-Strauss morreu na noite de sábado para domingo (1º) aos 100 anos, de acordo com um porta-voz da Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais de Paris, na França.
Ainda não há informações sobre a causa da morte do antropólogo. O falecimento foi divulgado pela editora Plon.
Nascido em Bruxelas, na Bélgica, Lévi-Strauss foi um dos grandes pensadores do século 20. Ele, que completaria 101 anos no próximo dia 28, tornou-se conhecido na França, onde seus estudos foram fundamentais para o desenvolvimento da antropologia. Filho de um artista e membro de uma família judia francesa intelectual, estudou na Universidade de Paris.
Sociólogo e ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso divulgou uma nota sobre o falecimento do antropólogo. "Lévi-Strauss foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente depois que publicou 'As Formas Elementares do Parentesco', revolucionaram a antropologia contemporânea.
A partir de então, a corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em todas as universidades", diz FHC

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

POLÍTICA

Projeto apresentado pelo deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), ex-presidente da CUT concede às centrais sindicais horário gratuito no rádio e na TV. Ou seja, além do presidente da República e seus ministros, dos presidentes da Câmara e do Senado, dos presidentes dos tribunais superiores, também as centrais sindicais teriam direito a cadeia nacional de rádio e TV para apresentar suas propostas.
As centrais também reivindicam também um canal de TV aberta. Será uma das propostas que vão apresentar na Conferência Nacional de Comunicação, a ser realizada em dezembro deste ano. Hoje, as centrais sindicais são o principal interlocutor do presidente Lula. Mais do que seu partido, o PT, mais do que os empresários e banqueiros, Lula se nutre do apoio político das centrais sindicais.
Elas é que são sua verdadeira base de sustentação. Seu verdadeiro partido político. Desde seu primeiro mandato, Lula promoveu as centrais a interlocutor privilegiado. Na natimorta reforma trabalhista, quando se pretendia tornar o ato de criar um posto de trabalho menos caro no Brasil, as centrais paralisaram todas as negociações.
Ora, o papel de uma central sindical não é ajudar a criar mais empregos. Seu principal papel é manter – e aumentar – os benefícios e privilégios de seus associados, ou seja, de quem já está empregado. No ano passado, o presidente Lula acertou com as centrais o percentual de aumento do salário-mínimo e depois enviou o projeto ao Congresso, para ser aprovado.
Como não aceita prato feito, o Senado alterou o percentual. Lula não gostou, alegou que já tinha acertado tudo com as centrais. Mas tinha “esquecido” de combinar com o Congresso, local onde as leis são feitas. Por enquanto. Outro exemplo. Quando o Congresso derrubou a CPMF, o governo fingiu que patrocinaria uma reforma tributária. Pura encenação. Um dos artigos da suposta reforma era a desoneração progressiva da folha de pagamento, como forma de contribuir para a criação de mais empregos.
Antes de enviar o projeto ao Congresso, o ministro Mantega reuniu-se com as centrais sindicais. Resultado: a proposta de desoneração da folha desapareceu do projeto. Em 2007, quando o Congresso aprovou a legalização das centrais sindicais, 10% do imposto sindical passou a ser enviado diretamente a elas – curiosamente, uma das bandeiras do velho PT era a extinção do imposto sindical. Mas isso já faz tanto tempo...
As centrais passaram a receber uma parcela deste imposto, compulsoriamente extraído de todos os trabalhadores brasileiros, sindicalizados ou não. Assim, tornou-se um grande negócio fundar uma central sindical. Fortalecidas pela existência de recursos garantidos, as centrais obtiveram ainda do presidente Lula a decisão de que suas contas não são objeto de análise e fiscalização pelos tribunais de contas. Melhor do que isso, só o paraíso. Aliás, já é o paraíso.
Num governo que tem mais de 200 sindicalistas e ex-sindicalistas nos mais importantes cargos da República, desde o próprio presidente, passando por ministros, presidentes de estatais até membros de conselhos de importantes estatais e de poderosos fundos de pensão, as centrais sindicais nunca foram tão fortes.
E tão influentes junto ao presidente da República.