terça-feira, 21 de abril de 2009

POLÍTICA

A farra das passagens, atualmente em cartaz no Congresso Nacional, traz novamente à discussão a questão dos vencimentos de suas Excelências. Só para lembrar. Os ganhos mensais dos parlamentares são compostos da seguinte maneira:
1. subsídio mensal: R$ 16.512,09 (apenas sobre este valor as Excelências pagam imposto de renda);
2. verba de gabinete, usada para contratar funcionários, cabos eleitorais e apadrinhados: R$ 60.000,00 (mínimo de cinco e máximo de 25 funcionários);
3. Auxílio moradia: R$ 3 mil, para os parlamentares que não ocupem apartamento funcional;
4. verba indenizatória: R$ 15 mil, que devem ser usados em despesas de aluguel, manutenção de escritório, alimentação, serviços de consultoria e pesquisa, contratação de segurança, assinatura de publicações, TV a cabo, Internet, transporte e hospedagem do parlamentar e de seus assessores, entre outras;
5. cota postal e telefônica: de cerca de R$ 4 mil para os deputados e de cerca de R$ 5 mil para os líderes, vice-líderes, integrantes da Mesa e presidentes de comissões permanentes. Caso o parlamentar exceda o teto, a diferença é retirada de seus vencimentos;
6. passagem aérea: quatro mensais de ida e volta aos estados e uma de ida e volta ao Rio de Janeiro. A verba varia de acordo com o estado, sendo a maior para os parlamentares do Acre e a menor para os do Distrito Federal (é, eles também recebem cotas de passagens aéreas. Para quê? Não sei.);
7. verba para gráfica: R$ 6 mil por ano, para a impressão de discursos, projetos, pareceres, cartões pessoais de apresentação, folhas padronizadas e textos que contenham legislação ou material de interesse público;
8. cota de gasolina: apenas para os senadores.
Isto significa que cada deputado e senador custa ao bolso do contribuinte cerca de R$ 100 mil por mês. Mas suas Excelências só pagam imposto de renda sobre R$ 16.512,09.